Governo analisa compra de vacina contra varíola dos macacos
Segundo Queiroga, até o momento, não há previsão para uma campanha de imunização nacional
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O Ministério da Saúde estuda pelo menos sete casos suspeitos da varíola dos macacos em seis Estados. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Ceará, possuem um paciente em isolamento cada, enquanto Rondônia registra dois casos. Conforme o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga à Jovem Pan, a situação da doença no Brasil é de atenção.
“Ela também transmite pelo contato direto, por partículas respiratórias, mas ela não têm a contagiosidade do sars cov 2. Então, não é um motivo de alarme. Temos que ficar vigilantes, como eu já falei. Hoje, são três laboratórios que estão fazendo essas análises. O Adolfo Lutz, em São Paulo, o laboratório da UFRJ, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e da FUNED. E isso vai ser ampliado para todos os 27 [laboratórios centrais] do Brasil”, disse Queiroga.
Segundo o governo, existe uma análise sobre a compra vacinas, porém, até o momento, não existe previsão para uma campanha de imunização nacional.
“Para os profissionais de saúde que estão lidando com esses casos. Não são todos os profissionais de saúde. Especificamente aqueles que estão lidando com esses casos. É uma estratégia muito limitada, pelo menos essa é a estratégia que tem sido defendida pelos organismos multilaterais da saúde pública. É uma vacina específica para essa situação. A vacina antiga da varíola, especialistas dizem que há uma proteção, mas assim pessoas que tomaram vacina para a varíola são aqueles mais idosos, porque a campanha já foi há muito tempo, a varíola ela é considerada erradicada”, comentou o ministro.
O Ministério da Saúde planeja distribuir testes aos 27 laboratórios centrais de saúde pública na próxima sexta-feira (10). Esses exames devem ajudar no diagnóstico dos casos suspeitos e identificar eventuais novas infecções.
Mais de 900 casos da varíola dos macacos já foram registrados em todo o mundo. 20 países confirmaram a doença. De acordo com especialistas, os sintomas incluem febre, erupção cutânea e aumento dos gânglios linfáticos. A transmissão acontece através de fluidos corporais, gotículas ou materiais contaminados. E a prevenção deve ser feita com o uso de máscaras e lavagem das mãos.