Governo arrecada mais de R$ 12 mi em leilões com bens do tráfico
Mais de 100 leilões tem previsão de ocorrerem ainda neste ano
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O governo federal arrecadou R$ 12,2 milhões em 30 leilões realizados ao longo de oito meses em nove estados. Do total, R$ 7,8 milhões foram recuperados apenas em 2020, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. Nos próximos meses, estão previstos mais 100 leilões, que vão incluir imóveis rurais e urbanos, e serão expandidos para todos os estados e o Distrito Federal.
"Com leiloeiros contratados em todo o país, será possível realizar leilões periódicos em todos os estados, o que viabilizará a arrecadação de mais recursos para o Fundo Nacional Antidrogas", afirma Giovanni Magliano, diretor de gestão de ativos da Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Magliano explica que os leilões permitem também diminuir os gastos com aluguel de pátios para o armazenamento, entre outros custos com a manutenção desse patrimônio.
A apreensão e o leilão estão previstos em lei sancionada em outubro do ano passado com o objetivo de acelerar a destinação de bens apreendidos ou sequestrados do tráfico de drogas. Os valores ficam à disposição do Fundo Nacional Antidrogas, sob gestão da secretaria, e são usados para aparelhar as polícias federal e dos estados, além de ajudar em programas de tratamento de usuários de drogas.
São Paulo lidera a arrecadação com os leilões, com R$ 3,6 milhões. Em seguida vem o Paraná, com R$ 2,9 milhões. No Mato Grosso, estado por onde passam algumas rotas do tráfico de drogas, já foram arrecadados R$ 2 milhões. Também ocorreram leilões no Rio Grande do Sul (R$ 1,9 milhão), Minas Gerais (R$ 905 mil), Santa Catarina (R$ 341.780), Espírito Santo (R$ 308 mil), Tocantins (R$ 115 mil) e Rio de Janeiro (R$ 18 mil). Por causa da pandemia do novo coronavírus, os leilões têm sido realizados de forma online.