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Didatura Militar: governo brasileiro cumpriu apenas duas das 29 recomendações da Comissão Nacional da Verdade

Há seis décadas, as tropas do exército deixaram Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro

Por Da Redação
Ás

Didatura Militar: governo brasileiro cumpriu apenas duas das 29 recomendações da Comissão Nacional da Verdade

Foto: Correio da Manhã/Arquivo Nacional

Dez anos desde a divulgação do relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que catalogou crimes e violações ocorridos durante o Período Militar, o governo brasileiro implementou apenas duas das 29 recomendações propostas pelo documento. A intenção inicial era fortalecer a democracia e prevenir abusos.

A análise foi conduzida pelo Instituto Vladmir Herzog, divulgadas pelo G1, que revelou que outras seis recomendações foram parcialmente cumpridas, enquanto 14 não tiveram qualquer avanço e sete regrediram.

Uma das recomendações efetivadas foi a realização de audiências de custódia, iniciadas em 2015 e regulamentadas por lei desde 2019. Essas audiências garantem que pessoas presas em flagrante tenham a oportunidade de serem ouvidas por um juiz, prevenindo prisões arbitrárias.

Outra recomendação atendida foi a revogação da Lei de Segurança Nacional, ocorrida em 2021. Esta legislação, criada durante o período militar, foi revista após críticas por sua abrangência e por cercear a liberdade de expressão em nome da proteção da democracia.

O coordenador de Relações Governamentais do Instituto Vladmir Herzog, Rafael Schincariol, destacou que as recomendações visam não apenas olhar para o passado, mas aperfeiçoar o Estado Democrático de Direito e garantir direitos humanos.

Entre as recomendações que não foram cumpridas, estão a ausência de legislação que proíba eventos oficiais em celebração ao golpe militar de 1964, além da falta de apoio a instituições de direitos humanos e de políticas para localização de desaparecidos políticos e abertura de arquivos da época.

Em 2023, durante audiência na Câmara dos Deputados, o chefe da pasta, Sílvio Almeida, reconheceu a necessidade de cumprir as recomendações da CNV, destacando a importância de saldar uma "dívida histórica" com o país e seu povo.

Didatura Militar

Há seis décadas, as tropas do exército deixaram Minas Gerais, sob comando do general Olympio Mourão Filho, em direção ao Rio de Janeiro, com o objetivo de depor o então presidente João Goulart.

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