Governo brasileiro decide deixar de divulgar cronograma de chegada de vacinas contra a Covid-19
Ministério da Saúde alterarou ao menos cinco vezes o cronograma
Foto: Alan Santos/PR
Após alterar pelo menos cinco vezes o cronograma de entrega de vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o Ministério da Saúde decidiu nesta sexta-feira (9), que não irá mais divulgar a previsão de doses que espera receber a cada mês. De acordo com a pasta, os dados devem ser coletados, agora, diretamente com os fabricantes. A informação é do Estadão.
Anteriormente, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, entregou os primeiros cronogramas de vacinas em fevereiro com a tentativa de esfriar críticas sobre a demora do governo federal em apresentar os dados.
Ao prever o número de doses fornecidas mês a mês a Estados e municípios, a pasta ignorava atrasos na entrega de insumos farmacêuticos ativos (IFA) para a produção de vacinas na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e no Instituto Butantan. Segundo a previsão de fevereiro deste ano, o Brasil encerraria o mês de março com 68 milhões de imunizantes distribuídos. Contudo, segundo dados da última quinta-feira (8), foram entregues 45,2 milhões de doses.
Os principais acordos do Brasil são com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, que entregam a Coronavac e a vacina de Oxford/AstraZeneca. A produção desses laboratórios depende principalmente da entrega do IFA ao País. O Butantan afirma que concluirá a meta de entregar ao governo federal 46 milhões de vacinas até o fim deste mês, somando o volume já distribuído (38,2 milhões). Já a Fiocruz espera enviar 26,5 milhões de vacinas até o começo de maio, também considerando as 8,1 milhões de unidades já fabricadas.