OMS diz que não há dados sobre aplicação de vacinas diferentes em uma mesma pessoa contra Covid-19
França anunciou que depois da dose da AstraZeneca, franceses vão receber Pfizer ou Moderna
Foto: Reprodução/ Agência Brasil
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (9) que ainda não existem "dados adequados" sobre os efeitos de mudança de vacina entre a primeira e a segunda dose, como a França pretende adotar com as pessoas de menos de 55 anos, que havia recebido a primeira aplicação do imunizante da Oxford/Astrazeneca contra a Covid-19.
"Não há dados adequados para dizer se é algo que pode ser feito e, portanto, os especialistas da organização concluíram que injetar vacinas diferentes na primeira e segunda doses não é algo que possa, no momento, recomendar", disse Margaret Harris, porta-voz da OMS, em coletiva de imprensa em Genebra.
A porta-voz informou ainda que os cientistas vão iniciar pesquisas científicas para verificar a possibilidade de uso de duas vacinas contra a Covid-19.
A França anunciou que pessoas com menos de 55 anos que foram vacinadas com a primeira dose da AstraZeneca serão vacinadas com a segunda dose, mas com outro tipo de imunizante, o da Pfizer/BioNTech ou o da Moderna. Os imunizantes da farmacêutica AstraZeneca foram suspensos após o surgimento de casos de tromobose dos vacinados na Europa.
"Esta vacina vai salvar vidas e se quisermos vencer a batalha contra o vírus, temos que usar todas as armas que temos", disse Dominique Le Guludec,o chefe da autoridade de saúde francesa.