Governo do Sudão assina acordo de paz com movimentos rebeldes
Acordo significa acabar com 17 anos de guerra no país
Foto: Reprodução/ Vatican News
As autoridades do Sudão assinaram nesta segunda-feira (31) um acordo de paz com os principais grupos de rebeldes do país para acabar com 17 anos de guerra. A cerimônia ocorreu em Juba, no Sudão do Sul.
De acordo com a agência Reuters, o acordo oferece aos grupos rebeldes representação política, integração nas forças de segurança, direitos econômicos e acesso à terra, assim como a possibilidade de retorno para os deslocados pelos conflitos.
Esse compartilhamento de poder entre civis e militares ocorre após a derrubada de Omar al-Bashir, em abril de 2019. Bashir ocupou o poder por 30 anos, com a ajuda de militantes islâmicos, foi deposto após meses de protestos a favor da democracia no país.
Entre os grupos rebeldes que assinaram o tratado estão: Movimento de Justiça e Igualdade (JEM) e Exército de Libertação do Sudão (SLA) de Minni Minawi, ambos da região oeste de Darfur, e o Movimento de Libertação do Povo do Sudão-Norte (SPLM-N) liderado por Malik Agar, que atuam no Kordofan do Sul e no Nilo Azul.
O tratado é visto como um passo significativo para que a paz seja restaurada no país. No entanto, dois grupos não participaram: o Movimento de Libertação do Sudão (MLS), de Abdelwahid Nour, e o Movimento Popular de Libertação do Sudão do Norte (SPLA-N), de Abdelaziz al-Hilu.