Governo Federal pretende mapear origem e consumo de insumos no Brasil
O país não sabe a real quantidade do consumo de fertilizantes e defensivos
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O Brasil, um dos maiores produtores agrícolas do mundo, não sabe a real quantidade do consumo de fertilizantes e defensivos utilizados pelos agricultores e, consequentemente, enfrenta dificuldades para traçar uma estratégia de enfrentamento à crise global no abastecimento de insumos agropecuários.
O diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sérgio De Zen, o Ministério da Agricultura encomendou um estudo para fazer um avaliação dos fornecedores atuais do país e também estudar possíveis alternativas da redução da oferta mundial.
“Nos últimos 20 anos, nós não sabemos de quanto de defensivos e quanto de insumos precisamos para produzir (...) Então, o primeiro passo é saber quanto precisamos e que ponto estamos”, destacou De Zen. Ele também cita a falta de uma padronização nacional na coleta de dados de coeficientes técnicos da agricultura. “Tem várias fontes e tipos de cálculo e isso dificuldade consideravelmente a gente ter uma visão global”, afirmou o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab durante audiência em audiência pública no Senado Federal, na quinta-feira (21).
Ainda de acordo com De Zen, uma das principais preocupações do governo no momento é com a crise energética mundial, que afeta diretamente o valor do gás natural e a produção de nitrogênio e defensivos químicos. Outra que também tem causado dor de cabeça ao governo é sobre o embargo dos EUA e da Europa à Bielorrússia, país que concentra 20% da produção mundial de potássio. “Esses países dependentes em aproximadamente 5% do volume importado enquanto no Brasil dependemos em 25% e o volume nosso é grande”, observou De Zen.