Governo federal vai analisar propostas do setor siderúrgico para combater taxação dos EUA
Segundo o ministro Haddad, o Brasil não deve agir com retaliação à Donald Trump

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (12) que o governo federal vai ouvir e analisar o que o setor siderúrgico tem a propor para combater os efeitos da taxação imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao aço e alumínio importados pelo país.
A nova tarifa de 25% sobre aço e alumínio, sem exceções ou isenções, entrou em vigor nesta quarta para o Canadá e todos os outros parceiros comerciais dos EUA, incluindo o Brasil.
"Em virtude da declaração tanto do vice-presidente Alckmin, quanto do presidente Lula, quanto da Fazenda, de que nós vamos tratar na base da reciprocidade os entendimentos, mas colocando em primeiro lugar que a mesa de negociação está aberta já com o governo americano e que foi bem sucedida em outros momentos do passado recente, quando atitudes semelhantes foram tomadas e revertidas em benefício do comércio bilateral. Nós estamos já começando a estudar propostas do setor, que tem toda a legitimidade de trazer propostas para nós", disse Haddad.
"Eles [setor siderúrgico] estão imaginando formas de negociar com argumentos muito consistentes, de que os Estados Unidos até iam perder, porque o nosso comércio é muito equilibrado", complementou o ministro em conversa com jornalistas.
Haddad esclareceu que o Brasil não deve agir com retaliação ou adotar medida mais dura de reciprocidade. Segundo ele, o interesse é negociar com os Estados Unidos.