Governo já discute cancelamento de leilão de arroz importado, diz coluna
Cerca de 80% da safra de arroz produzida no Rio Grande do Sul já foi colhida antes do desastre de maio
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Foto: Reprodução/MarcelloCasalJr/AgênciaBrasil
O leilão de arroz importado ao Rio Grande do Sul ganhou adversários importantes nesta semana, um deles é o governador Eduardo Leite (PSDB), enfatizando que a compra pode gerar "insegurança" para o condutor gaúcho. Entretanto, há quem defenda o cancelamento do leilão, dentro do próprio governo Lula (PT), segundo Blog do Noblat, do portal Metrópoles.
Cerca de 80% da safra de arroz produzida no Rio Grande do Sul já foi colhida antes do desastre de maio, por isso, para os técnicos do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar afirmam que a compra é desnecessária. 70% do plantio de arroz do país são de responsabilidade dos agricultores gaúchos. A pasta reafirma que não há risco de desabastecimento no Brasil.
O governo Lula decidiu anular o leilão e cancelou a compra de 263,3 mil toneladas de arroz, após suspeitas de irregularidades. Assim, um novo edital, previsto para ser publicado em 22 de junho, mas o texto ainda não foi editado. Ao todo, Lula liberou mais de R$ 7 bilhões para a compra de 1 milhão de toneladas de arroz.
Por consequência da chuva, o valor do quilo do arroz aumentou quase 14%, segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz). O presidente da federação já havia defendido o cancelamento do leilão, com a justificativa que não há razões para o governo tomar essa atitude, e trará um desestímulo se os preços caírem.
A colheita de 2023/24 deve alcançar 7,2 milhões de toneladas, superando o volume da safra passada, de 6,9 milhões. Devido às chuvas, as perdas estão estimadas em cerca de 250 mil toneladas, conforme a federação.