Governo prevê déficit no pagamento de benefícios previdenciários até 2026

O governo federal prevê um déficit de quase R$ 13,2 bilhões para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que financia benefícios previdenciários como abono salarial e seguro-desemprego, até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2026. As estimativas foram apresentadas no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024, enviado ao Congresso Nacional no mês passado.  

De acordo com o governo, as receitas do FAT não serão suficientes para atender as obrigações legais do fundo nos exercícios de 2023 a 2026, gerando um desequilíbrio financeiro. O Ministério do Trabalho e Emprego calcula que as despesas do fundo vão crescer a uma taxa média anual de 10,01%, enquanto as receitas vão aumentar a uma taxa média anual de 7,94%.

Além de pagar benefícios previdenciários, o FAT é responsável pelo financiamento de programas de educação profissional e tecnológica e de desenvolvimento econômico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Neste ano, pode faltar R$ 5,1 bilhões para o pagamento de abono salarial, seguro-desemprego e outras obrigações previdenciárias.

Os números do governo indicam que em 2023 as receitas do fundo serão de R$ 85,55 bilhões e os gastos chegarão a R$ 90,66 bilhões. Com isso, o governo prevê um déficit de aproximadamente R$ 13,2 bilhões para o FAT no período. A situação financeira do fundo deve ser acompanhada de perto nos próximos anos, já que o pagamento dos benefícios previdenciários é essencial para a segurança financeira de muitos trabalhadores brasileiros.