Goya Lopes lança livro infantil e faz oficina na Festa Literária Internacional VivaLivro

Aos detalhes...

Por Michel Telles
Ás

Goya Lopes lança livro infantil e faz oficina na Festa Literária Internacional VivaLivro

Foto: Paulo Lima

A artista visual e designer Goya Lopes realiza nos dias 25 e 26 de março, das 10h às 12h, durante a Festa Literária Internacional VivaLivro - Literatura como Acolhimento, a oficina “Ilustração : arte de contar histórias, onde fala sobre seu processo criativo na criação de estampas para tecidos. Goya Lopes também lança no evento seu livro “Tecelagem: Uma História Ilustrada”, sua primeira publicação para crianças, editado pela Solisluna.

Neste livro que Goya Lopes escreveu e ilustrou, duas crianças africanas contam um pouco sobre a história de um dos ofícios mais antigos da humanidade, a tecelagem. “Este livro é fruto do sonho de um Brasil onde todas as crianças terão a oportunidade de conhecer mais sobre a cultura africana e afro-brasileira.Há mais de quatro décadas eu dedico minha vida e meu trabalho à valorização das nossas raízes africanas. E este livro é uma contribuição que faço para as crianças de todas as idades deste nosso país”, revela Goya.

Sobre a Festa Literária Internacional VivaLivro - Literatura como Acolhimento

É possível o mundo sem fronteiras? Quem sou e quem é o outro neste mundo? Em que medidas somos iguais e diferentes? Como é viver nas bordas? De que forma a pandemia nos aproximou e nos distanciou? Estas são apenas algumas das indagações que serão tratadas durante a Festa Literária Internacional VivaLivro - Literatura como Acolhimento, evento online e gratuito, que acontece de 24 a 27 de março. A programação completa está no site www.festavivalivro.org onde também é possível realizar as inscrições. 

Organizado pela Solisluna Design Editora, em parceria com o Instituto Emília, o projeto tem o apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo,Governo Federal. 

A curadoria fica a cargo de Valéria Pergentino, sócia-fundadora da Solisluna, e de Dolores Prades, diretora do Instituto Emília. Entre os objetivos do evento estão promover a leitura de obras literárias que abordam temas como migração, diversidade cultural, identidade e outras histórias escritas sobre diferenças, bem como divulgar livros e autores que tratam das questões-chave de visibilidade. 

Durante quatro dias serão realizadas conversas literárias, oficinas, contação de histórias e feira de livros com lançamentos exclusivos. Entre os convidados, os representantes baianos são a artista Goya Lopes, a educadora Maria Isabel Gonçalves, a pedagoga Cybele Amado (diretora do Instituto Anísio Teixeira); o pedagogo e escritor José Eduardo Ferreira Santos (Acervo da Laje); e a professora e escritora Bárbara Carine (Escola Afro-Brasileira Maria Felipa); a psicóloga Claudia Mascarenhas, a jornalista Mira Silva; a cantora e instrumentista Mariana Caribé; a escritora e blogueira Emília Nuñez; e a pedagoga  e escritora Helena Nascimento. Também participam do evento o pensador, escritor e líder indígena Ailton Krenak (MG); a pedagoga Tereza Cristina Rodrigues Villela (SP); a psicóloga, produtora cultural e escritora Neide Almeida (SP); a coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC-SP), Bel Santos; a artista plástica e consultora nas áreas de educação e artes, Stela Barbieri (SP); a jornalista e professora Rosane Borges (SP); e o educador, escritor, jornalista, documentarista e etnomúsico Délcio Teobaldo (RJ).  

Entre os nomes internacionais estão a peruana Issa Watanabe, ilustradora do premiado livro 'Migrantes'; a escritora chilena Sara Bertrand, vencedora do New Horizons Award Raggazi Bologna (2017), com A Mulher da Guarda'; o economista equatoriano Alberto Acosta; o escritor e ilustrador argentino radicado na Espanha, Gusti Rosemfet; e o escritor ganês Ousman Umar,um dos nomes mais representativos da atual literatura africana. Radicado em Barcelona desde 2005, Ousman tem sido celebrado em toda a Europa, por conta do livro ‘Trip to the White Country’ ('Viagem ao País dos Brancos'), no qual narra a dura jornada dos refugiados que saem de suas terras em busca de uma vida melhor em outros países, mas que, na maioria das vezes, encontram a miséria e a morte. O próprio escritor é um refugiado que caiu nas mãos do tráfico internacional de pessoas, mas sobreviveu para contar sua história e ser a voz de quem não teve a mesma "sorte". Umar abre a Festa Literária. 

Em uma das oficinas, Neide Almeida provoca: “Qual o lugar da literatura negra em seu repertório de leitura?". A outra fica a cargo de Goya Lopes, que ministra aula de Criação de Ilustração. As inscrições para as oficinas são gratuitas, mas as vagas são limitadas. 

Os pequenos também têm espaço garantido. A manhã do último dia da Festa, 27, será toda para eles, com contações de histórias realizadas por Mira SIlva (@sementinhapreta), Helena Nascimento (@atrasdaporta), Mariana Caribé (@corrupio) e Emília Nuñez (@maequele). 

Concurso literário premia estudantes de escolas públicas - Além das mesas, oficinas e contações de histórias, a Festa VivaLivro realiza o Prêmio Literário 'Quem eu sou no mundo', destinado a estudantes da rede  pública da Bahia, com idades entre 14 e 18 anos. A inscrição é gratuita e pode ser realizada até 20 de março, no link www.festavivalivro.org/concurso-literario.

Cada estudante poderá concorrer com até 5 textos de sua autoria, que deverão ser inéditos (não publicados em livros ou revistas).  Com o tema 'Quem eu sou no mundo', o trabalho pode ser escrito em forma de conto, crônica ou poesia, e será submetido a uma comissão julgadora formada por editores, escritores e especialistas em literatura juvenil. As obras selecionadas serão publicadas em formato digital (e-book) e estarão disponíveis para download. Cinco estudantes serão contemplados. Cada um receberá R$500,00, um voucher para acesso ao e-book e 10 exemplares impressos do livro. 

"Quem eu sou nos remete a pensar no outro, qual é a minha identidade em relação à comunidade onde estou e no mundo em que vivo. Por isso, escolhemos este tema para o concurso e focamos em jovens, a idade das dúvidas e também das descobertas, dentro e fora de si mesmos", comenta Valéria Pergentino.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário