Lídice vê progresso em aprovação de percentual mínimo de cacau, mas pondera: ‘não é o ideal’
Texto aprovado no Senado determina que chocolate ao leite tenha ao menos 25% de sólidos da fruta

Foto: Chico Ferreira/PSB na Câmara
Autora do projeto original que previa o mínimo de 35% de cacau no chocolate brasileiro, a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) comemorou a aprovação da proposta no Senado nesta quarta (30), mas ponderou que os percentuais definidos ainda estão abaixo do ideal.
O texto aprovado, de autoria do senador Zequinha Marinho, determina que o chocolate ao leite tenha ao menos 25% de sólidos de cacau e 14% de leite ou derivados. Já os tipos meio amargo e amargo deverão conter no mínimo 35% de cacau, incluindo 18% de manteiga de cacau e 14% livres de gordura.
O chocolate em pó precisará de 32% de sólidos de cacau e o branco de pelo menos 20% de manteiga de cacau. Para o cacau em pó, é necessário pelo menos 10% de manteiga de cacau e no máximo 9% de umidade.
“É uma grande vitória, pois o lobby da indústria colocava produtos com muito açúcar e gordura no mesmo patamar do chocolate”, afirmou Lídice. Segundo ela, a medida pode elevar o padrão da produção nacional, já que empresas terão de se adequar às novas regras.
O projeto segue agora para análise na Câmara dos Deputados.