• Home/
  • Notícias/
  • Política/
  • Greenpeace afirma que tragédias do RS poderiam ter sido evitadas e cobra governo, "Quantos mais precisarão morrer?"
Política

Greenpeace afirma que tragédias do RS poderiam ter sido evitadas e cobra governo, "Quantos mais precisarão morrer?"

Passagem do ciclone extratropical no já deixou 47 mortos e mais de 25 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas

Por Da Redação
Ás

Greenpeace afirma que tragédias do RS poderiam ter sido evitadas e cobra governo, "Quantos mais precisarão morrer?"

Foto: Divulgação / Secom RS

Especialista do Greenpeace Brasil afirmaram que as tragédias que assolam o Rio Grande do Sul nas últimas semanas poderiam ter sido reduzidas com atuação de políticas públicas de adaptação às mudanças climáticas. De acordo com informações do último boletim, divulgado na quinta-feira (14), a passagem do ciclone extratropical deixou pelo menos 47 pessoas mortas, mais de 25 mil desabrigados ou desalojados, e mais de 354 mil afetados. 

Igor Travassos, da frente de Justiça Climática do Greenpeace Brasil, cobra que as esferas do governo se movam para diminuir o estrago de futuras tragédias. “Quantos mais precisarão morrer ou perder tudo para que os governantes garantam cidades seguras para todas as pessoas?”, questiona. 

“O enfrentamento à emergência climática deve ser prioridade para o poder público. As fortes chuvas que resultaram em dezenas de mortes e milhares de desabrigados e/ou desalojados nesses últimos dias no Rio Grande do Sul é resultado da falta de políticas efetivas de prevenção, adaptação às mudanças climáticas e resposta aos eventos extremos. Não estamos lidando com um fato novo ou inesperado. O sul do país sofre com os efeitos das passagens de ciclones na região por décadas e nada de concreto tem sido feito”, complementa.

Governo foi irresponsável?

Houve tentativas de criar políticas para adaptar e prevenir questões climáticas, mas nunca foram postas a prova. Em 2009, o governo federal lançou a Política Nacional sobre Mudança do Clima, que determinava a instauração de dois planos setoriais: a mitigação, com o intuito de reduzir as causas do aquecimento global a partir do combate às emissões de gases de efeito estufa, e a adaptação, que não foi colocada em prática.

Chegando em 2016, uma pasta do Ministério do Meio Ambiente lançou um Plano Nacional de Adaptação (PNA), a ideia não foi abraçada por outras pastas e viu o prazo ser expirado em 2020. Já em 2023, o ministério da Casa Civil foi designada para dirigir o novo Comitê Interministerial (CIM), que estabeleceria um novo plano climático para o Brasil. O CIM é formado por 19 ministérios, mas após nove meses desde a criação, nunca houve uma reunião do grupo.

O Greenpeace Brasil defende a renovação urgente do PNA, com ampla participação da sociedade civil e elaboração de medidas que promovam a justiça climática, privilegiando a proteção das parcelas da população que estão mais expostas aos riscos.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário