Grupo suspeito de vender carnes estragadas tem prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio
Carnes foram adquiridas de um frigorífico do Rio Grande do Sul
Foto: Divulgação
O grupo de quatro homens detidos em flagrante por comprar e revender 800 toneladas de carne imprópria para consumo humano teve a prisão convertida de temporária para preventiva pela Justiça do Rio de Janeiro.
As carnes foram adquiridas de um frigorífico do Rio Grande do Sul atingido pelas enchentes de maio do ano passado.
Além dos donos da empresa, que é sediada em Três Rios, no centro-sul fluminense, o gerente do comércio e o diretor de logística também estão com prisão preventiva decretada.
A Polícia Civil afirmou que, até o momento, 17 toneladas da carne estragada vendida foram rastreadas e localizadas em um frigorífico na cidade de Contagem, em Minas Gerais.
De acordo com a investigação, que contou com apoio da Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul, em maio e junho os sócios da empresa se aproveitaram da tragédia para adquirir 800 toneladas de carne bovina que tinham ficado submersas “muitos dias” em Porto Alegre.
O grupo alegou que a intenção era a fabricação de ração animal. No entanto, a investigação descobriu que as carnes foram vendidas para outras empresas. A movimentação fez com que o grupo tivesse lucro “de mais de 1.000%”, afirmou a Polícia Civil do Rio, “colocando em risco consumidores de todo o Brasil”.
Os quatro foram encaminhados para um presídio no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio, onde ficarão à disposição da Justiça.