Guedes nega congelamento de preço dos combustíveis: "Só maluco congela"
Medida teria sido especulada como forma de conter o avanço dos preços
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou nesta terça-feira (8) a possibilidade de congelamento do preço dos combustíveis e afirmou que "só maluco congela preço”. As informações são do R7.
O tema configura uma preocupação do governo devido à alta do petróleo no mundo após a guerra entre Rússia e Ucrânia. Mais cedo, a cotação do barril tipo Brent ultrapassou os US$ 130.
Dentre as possibilidades para resolver o problema seria a alteração da forma de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte (ICMS) sobre os combustíveis. Guedes se reuniu com os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Bento Albuquerque (Minas e Energia) e com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto para debater sobre o tema.
A declaração ocorre após o presidente Jair Bolsonaro sinalizar que a política de reajustes da estatal deveria ser revista, o que causou queda de mais de 7% nas ações da Petrobras. A estatal usa como parâmetros para o reajuste dos preços dos combustíveis o valor internacional do petróleo e a variação cambial.
“O barril do petróleo saiu da casa dos US$ 80 para US$ 120. Tem uma legislação errada feita lá atrás, que você tem uma paridade do preço internacional. O que é tirado do petróleo leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo", afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio Folha, de Roraima.
Preço do petróleo
O valor do petróleo disparou, nesta terça-feira (08), após os Estados Unidos e o Reino Unido anunciarem que não importariam mais a commodity da Rússia. O país é o segundo maior exportador do mundo.
O presidente americano, Joe Biden, proibiu a importação do petróleo russo pelos EUA. Já o Reino Unido visa suspender a importação do produto gradualmente.