Editorial

Guerra Fria do século 21

Confira o editorial desta quinta-feira (28)

Por Editorial , Erick Tedesco
Ás

Guerra Fria do século 21

Foto: Divulgação/Defesa dos EUA

A Guerra Fria, uma construção histórica que mais foi uma alucinação coletiva de um tempo do que um confronto entre nações, parece ser uma ideia que nunca sai do radar das autoridades norte-americanas. É como se esta espécie de tensão, em que os Estados Unidos se apresenta como arauto da paz, se deslocasse do passado para o presente.

Outrora a extinta União Soviética, atualmente a China. Na quarta-feira (27), um forte indício de que os EUA insistem em alçar o conceito de Guerra Fria ao século 21 veio à tona: o governo norte-americano emitiu uma nota em que oficializa 'preocupação' com o teste por parte da China de um míssil hipersônico, realizado em julho e descoberto essa semana. Pequim alega que não se tratava de um míssil, mas de um veículo espacial testado com fins pacíficos. 

Segundo os EUA, o suposto perigo é que, apesar de um teste, o tal míssil se move cinco vezes mais rápido que o som, isto é, um artefato bélico difícil de se detectar e interceptar. Em outras palavras, uma arma que coloca a defesa norte-americana em cheque num eventual conflito com uso de armas - uma guerra.

Uma das autoridades de defesa americana chegou a dizer que o teste se assemelha a um “momento Sputnik”, o primeiro satélite lançado pela Rússia, em 1957, colocando o país na dianteira da corrida durante a Guerra Fria.

No entanto, é fato que Pequim investe pesado para modernizar suas forças armadas, em paralelo à persistência dos atritos entre EUA e China, seja com Trump, seja com Biden.|

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