Guerra, ônibus do Bahia e Paulinha Abelha: confira a retrospectiva de fevereiro

O ano de 2022 foi marcado por novas oscilações da Covid-19, tensões políticas em diversos países, inclusive no Brasil, e finalizado com uma Copa do Mundo. Confira os principais acontecimentos de fevereiro.

Prisão dos suspeitos pela morte de Moïse

Três homens foram presos no primeiro dia de fevereiro pelas agressões que resultaram na morte do congolês Moïse Kabagambe em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). Eles respondem por homicídio duplamente qualificado (impossibilidade de defesa e meio cruel). Um dos detidos, segundo a polícia, era vendedor de caipirinhas na praia. Ele confessou que deu pauladas no congolês. O trio disse à polícia que Moïse tinha dívidas com o dono da barraca e que estava causando problemas. As agressões, de acordo com eles, teriam sido para defender o idoso que é proprietário do local, sem intenção de matar. Moïse estava imobilizado quando foi morto a pauladas. O dono do quiosque negou qualquer envolvimento e afirmou que sequer estava no local do crime. Agora, os três suspeitos aguardam julgamento.

Chuvas em Petrópolis

Ao menos 238 pessoas morreram durante as fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, entre fevereiro e março. O temporal deixou ainda diversas pessoas feridas e milhares de desabrigados ou desalojados. Mais de três mil famílias solicitaram o Aluguel Social do RJ após as chuvas. A água alagou ruas, invadiu casas e estabelecimentos e destruiu várias estruturas. O Governo do Estado estimou o prejuízo em cerca de R$ 1,8 bilhão. 

Colômbia descriminaliza aborto

O Tribunal Constitucional da Colômbia decidiu pela descriminalização do aborto, no dia 21. Desde então, até o sexto mês de gestação, as mulheres podem realizar legalmente o procedimento. Antes disso, o aborto só era permitido em caso de estupro, se a saúde da mãe estivesse em risco ou quando o feto apresentasse uma malformação que comprometesse a sua sobrevivência. A pena para quem interrompesse a gravidez sem se enquadrar nesses casos poderia ir até 54 meses de prisão.

Morre Paulinha Abelha

Paulinha Abelha, cantora de forró da famosa banda Calcinha Preta, morreu por infecção no sistema nervoso no dia 23 de fevereiro, aos 43 anos, após passar seis dias internada. Ao todo, ela gravou 21 CDs e três DVDs. Entre os maiores sucessos interpretados pela artista estão as músicas: "Você Não Vale Nada", ''Furunfa", "Baby Doll", "Louca por ti", "Sonho Lindo", "Armadilha", "Paulinha" e "Ainda te amo".

Guerra Rússia e Ucrânia

Também no dia 23 de fevereiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou uma invasão à Ucrânia, com a prerrogativa de que iria "desnazificar" e "desmilitarizar" o país comandando por Volodymyr Zelensky. Os atritos entre as duas nações remontam a 1991, quando os ucranianos votaram pela independência da Rússia após o fim da União Soviética, e à disputa pelo território da Crimeia, que faz parte da Ucrânia, mas tem relação identitária com a Rússia. Mais de 200 mil pessoas já morreram, entre soldados e civis, nesta guerra sem previsão para ter fim. Os conflitos ecoaram em todo o mundo, provocando crises econômicas, especialmente relacionadas ao Petróleo. 

Ataque ao ônibus do Bahia

O ônibus do Bahia foi cercado por carros, no dia 24 de fevereiro, e atingido por artefatos explosivos, quando chegava à Arena Fonte Nova, com jogadores e membros da comissão técnica. O goleiro titular, Danilo Fernandes, foi atingido no rosto, perto do olho e precisou ser levado a um hospital. Ele recebeu 20 pontos, entre orelha, rosto e perna, e teve alta no dia seguinte. O lateral-esquerdo Matheus Bahia também ficou ferido. Mesmo abalado, o time tricolor entrou em campo momentos depois contra o Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste, e venceu por 2 a 0. Quatro membros da torcida organizada Bamor foram identificados como suspeitos do crime e denunciados em setembro à Justiça. Agora, as próximas decisões cabem ao Poder Judiciário.

Morte do dono da Pousada Paraíso

O empresário baiano Leandro Silva Troesch morreu, no dia 25 de fevereiro, com um tiro na cabeça. Ele era um dos donos da Pousada Paraíso Perdido, que fica em Jaguaripe, no recôncavo baiano. Um ano antes, ele havia sido preso junto à companheira, Shirley da Silva Figueiredo, por crimes de roubo e extorsão mediante sequestro contra uma mulher, em Salvador, 20 anos atrás. Eles estavam foragidos. Shirley é investigada como uma das envolvidas na morte de Leandro, junto a uma suposta amante, Maqueila Bastos. As duas estão presas preventivamente enquanto as apurações do caso continuam.