Hackers tiveram acesso a dados deste ano de servidores do TSE
Suspeita é de que o ataque tenha acontecido antes de 1º de setembro

Foto: Agência Brasil
Uma análise da Polícia Federal em conjunto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou nesta quinta-feira (19), que o suposto ataque hacker que acessou dados pessoais de funcionários do tribunal foi mais amplo que o divulgado anteriormente e teria ocorrido neste ano. O invasor, indica a apuração inicial, acessou dados de 2020, como endereços e telefones, no Portal do Servidor, um sistema administrativo e sem relação com o processo eleitoral.
A informação inicial, segundo o presidente da SaferNet, empresa que trabalha em parceria com o Ministério Público Federal no monitoramento de fraudes eleitorais cometidas pela internet, dizia que os dados vazados foram obtidos de um banco de dados com informações desatualizadas sobre o sistema de recursos humanos da Justiça Eleitoral.
A suspeita é de que o ataque tenha acontecido antes de 1º de setembro porque o material não mostra informações registradas nos arquivos do TSE após o dia 2 daquele mês. Na última segunda-feira (16), em entrevista coletiva, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, reclamou da atuação de “milícias digitais”. "Há suspeita de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar eleições, clamam pela volta da ditadura e muitos deles são investigados pelo STF", disse Barroso.