Haddad: mudanças no Prouni feitas por Bolsonaro são 'um nojo'
Segundo ele, as modificações vão permitir fraude e revelam a clara intenção de Bolsonaro de mexer em políticas afirmativas de recorte racial

Foto: Agência Brasil
O ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que criou o Prouni, afirmou a Folha de São Paulo que as mudanças feitas no programa pelo governo de Jair Bolsonaro são "um nojo" e "um lixo".
Segundo ele, as modificações vão permitir fraude e revelam a clara intenção de Bolsonaro de mexer em políticas afirmativas de recorte racial.
"Foram quase 3 milhões de jovens, pobres, pretos e periféricos beneficiados. O Arthur Lira [presidente da Câmara dos Deputados] Deveria devolver para o Planalto esse lixo", afirmou Haddad.
Bolsonaro editou medida provisória na segunda-feira (6) ampliando o acesso de alunos egressos de escolas privadas de ensino médio no Prouni. Até agora, somente quem estudou em escola pública e quem fez ensino médio em escola particular com bolsa integral poderia ingressar no programa.
Segundo o Planalto, o objetivo é "ampliar as políticas de inclusão na educação superior, diminuir a ociosidade na ocupação de vagas antes disponibilizadas e promover o incremento de mecanismos de controle e integridade e a desburocratização." A nota do Planalto também diz que um MP vai alterar a reserva de cotas a negros, povos indígenas e pessoas com deficiência, mas não fica claro de que forma isso acontecerá.