Hipertensão, tristeza e resquícios da Covid-19
Confira o editorial desta terça-feira (14)
Foto: Divulgação
Além da prevenção, do diagnóstico, do tratamento e da cura, cientistas buscam soluções para os efeitos da Covid-19 na saúde mental dos pacientes. É preciso oferecer soluções àquelas pessoas que nem sempre conseguem lidar – algo totalmente aceitável – às eventuais reações e sequelas da doença do novo coronavírus.
Este é um louvável esforço de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG), que analisam as complicações do novo coronavírus em hipertensos.
O projeto investiga a presença de depressão, ansiedade e estresse após os pacientes terem a Covid-19, e como essas enfermidades afetam os cuidados com a hipertensão.
Trata-se de um olhar ao paciente e captar, pelo corpo, as respostas do impacto da doença, como, por exemplo, a tristeza. Deve-se, então, por meio da ciência, identificar o que leva a ter essas consequências em termos de saúde mental e propor uma intervenção efetiva.
Um dado quase empírico e com o qual sempre trabalham os médicos e pesquisadores: metade dos pacientes não faz um controle eficaz da hipertensão. E é o motivo dessa falta de cuidado que este estudo em questão busca identificar, pois há um impacto na qualidade de vida dessas pessoas.
Como os próprios cientistas ressaltam, este estudo facilita a tomada de decisão e o planejamento de cuidados que minimizem a ocorrência de desfechos negativos, como a hospitalização, a insuficiência cardíaca e o acidente vascular encefálico, e contribuem para a melhor qualidade de vida desse paciente.