Homem é condenado a 22 anos de prisão por matar PM em Salvador
Policial militar foi morto em 2021 na Fazenda Grande III por Ailton Rezende Pereira
Foto: Imagem ilustrativa | Pexels
Um homem foi condenado a 22 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado após acusação do Ministério Público da Bahia (MPBA), pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver do policial militar André Luiz de Jesus da Hora. O PM foi morto em 31 de março de 2021, na Vila Vitória, bairro de Fazenda Grande III, em Salvador, por Ailton Rezende Pereira.
A incriminação do MPBA foi sustentada pela promotora de Justiça Mirella Brito. Já a sentença foi emitida no último dia 4 pela juíza Andrea Teixeira Lima Netto, do 2º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Salvador.
De acordo com a acusação, André Luiz foi vítima de uma emboscada ao entrar no Condomínio Minha Casa Minha Vida, conhecido como ‘Sítio Isabel’. Ele estava levando um veículo para conserto do município de Ipirá para Salvador.
O policial foi encontrado morto dentro do porta-malas, além dos pés e das mãos amarradas, nas proximidades da Vila Vitória, localidade conhecida como “Rua da Embasa”, em Fazenda Grande III. As investigações mostram que André Luiz foi executado com oito tiros de arma de fogo por pelo criminoso Fábio Alves da Silva, conhecido com "Manicômio", com Ailton e Alexandre José de Almeida.
"Manicômio", é apontado como líder do tráfico de drogas na localidade, já faleceu. O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade, autoria e nexo causal em relação aos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, além das qualificadoras de homicídio por meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Já a juíza declarou que, pela crueldade do crime e pela reincidência de Ailton como fatores determinantes para o aumento da pena. Ailton ficou foragido de fevereiro de 2022 até 28 de março deste ano, quando foi capturado pela Polícia Militar, a partir de reconhecimento facial do sistema de videomonitoramento da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Ele já possuía condenações anteriores por crimes praticados em Salvador.
O julgamento confirmou a pena conforme a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autoriza a execução da pena após condenação pelo Tribunal do Júri, independentemente do tempo de pena. O processo foi desmembrado em relação a Alexandre José de Almeida, que também estava foragido até a última sexta-feira, dia 8, quando foi localizado e preso.
