Homem morre após consumir quantidade excessiva de vitamina D

Um homem na Inglaterra, David Mitchener, de 89 anos, veio a óbito em maio de 2023 devido a complicações decorrentes de hipercalcemia, causada pelo consumo excessivo de vitamina D por meses. O caso, divulgado recentemente pelo Daily Mail, chamou atenção para os perigos da suplementação indiscriminada dessa vitamina, após exames revelarem níveis alarmantes da substância em seu organismo.

A vitamina D, essencial para a saúde óssea e imunológica, é principalmente obtida através da exposição solar, sendo encontrada também em menor quantidade em alimentos. No entanto, o estilo de vida moderno, que muitas vezes limita a exposição ao sol, leva muitas pessoas a recorrerem à suplementação. Quando consumida em excesso, especialmente sem acompanhamento médico, pode levar à hipercalcemia, condição na qual os níveis de cálcio no sangue tornam-se perigosamente elevados.

Os sintomas de overdose de vitamina D incluem náuseas, vômitos e fraqueza, podendo evoluir para complicações graves como deformações ósseas, desidratação e insuficiência renal aguda, como observado no caso de Mitchener.

Para evitar tais consequências, é fundamental consumir suplementos de vitamina D apenas sob orientação médica e em doses adequadas. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) recomenda doses de manutenção entre 400 e 2 mil UI por semana para adultos, variando de acordo com a exposição solar e a coloração da pele. Para idosos, as doses variam de mil a 2 mil UI por dia ou 7 mil a 14 mil UI por semana, com ajustes necessários para indivíduos com condições específicas, como obesidade ou má absorção.