Homem preso por ameaça de explosão no aeroporto de Brasília tinha intenção de 'derrumbar o comunismo'
Segundo a Polícia Civil, pelo menos seis explosivos foram encontrados sob responsabilidade do suspeito

Foto: Divulgação/PC-DF
O homem preso no sábado (24) por suspeita de ter colocado um explosivo no Aeroporto Internacional de Brasília afirmou em depoimento à Polícia Civil que a intenção dele e do grupo era de levar à intervenção militar e à decretação de um estado de sítio para "impedir a instauração do comunismo no Brasil".
Após a prisão do suspeito, de 54 anos, a Polícia Civil do Distrito Federal encontrou um explosivo em um caminhão na área do aeroporto e mais cinco, além de munições, em um apartamento alugado em Brasília.
Sua intenção, contou, “era participar dos protestos” e “aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo”.
“Ultrapassado quase um mês nada aconteceu e então eu resolvi traçar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das forças armadas e a decretação do estado de sítio para impedir a instauração do comunismo no Brasil”, disse o homem apreendido.
De acordo com ele à polícia, o plano era explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília e, na sequência, fazer uma denúncia anônima sobre a presença de outros dois explosivos na área de embarque ou instalar uma bomba na subestação de energia Taguatinga “para provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos que daria início à decretação do estado de sítio”.
Entre as armas que ele contou ter levado consigo do Pará, onde ele mora, a Brasília estavam, além das dinamites, duas escopetas, dois revólveres, três pistolas, um fuzil e mais de mil munições.
“O que me motivou foram as palavras do presidente Bolsonaro que sempre enfatizava a importância do armamento civil dizendo o seguinte: ‘um povo armado jamais será escravizado‘.”