IBGE: Bahia deve colher safra recorde de grãos em 2025, com alta puxada pela soja
Produção estadual deve alcançar 12,8 milhões de toneladas, 12,7% acima de 2024

Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux
A oitava estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2025, divulgada em agosto, aponta que a produção deve alcançar o recorde de 12.829.202 toneladas neste ano. O volume representa um crescimento de 12,7% (ou mais 1.448.107 t) em relação a 2024, além de 5,6% acima do recorde anterior, registrado em 2023 (12.148.058 t). As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Em comparação à estimativa de julho, houve total estabilidade, sem alterações na previsão da safra de grãos baiana para 2025. O resultado recorde esperado se deve, principalmente, às projeções de aumento na produção de soja, algodão herbáceo e milho 1ª safra.
A soja, principal produto agrícola do estado é responsável por pouco mais de dois terços (67,1%) da safra baiana de grãos, deve alcançar uma produção recorde de 8.606.190 toneladas em 2025. Isso representa um aumento de 14,3% (ou mais 1,074 milhão de toneladas) frente ao colhido no ano anterior (7.532.100 toneladas).
Para o algodão, a expectativa é de 1.865.025 toneladas, alta de 5,4% em relação a 2024 (mais 96.225 toneladas). A Bahia segue como o segundo maior produtor nacional do grão, com 19,7% da safra brasileira em 2025, ficando atrás apenas de Mato Grosso, que deve colher 6,7 milhões de toneladas (71,0% do total nacional, estimado em 9,5 milhões de toneladas).
Já a primeira safra de milho na Bahia deve atingir 1.932.000 toneladas em 2025, um crescimento de 24,6% sobre 2024 (mais 380.910 toneladas). Por outro lado, a segunda safra deve registrar queda de 0,5% em relação ao ano anterior, totalizando 762.600 toneladas (menos 3.480 toneladas).
Mesmo com essa redução na 2ª safra, a Bahia deve sustentar um novo recorde, alinhada ao movimento nacional. A produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve somar 341,2 milhões de toneladas em 2025, 16,6% (ou 48,5 milhões de toneladas) a mais que em 2024 (292,7 milhões). Frente a julho, a estimativa nacional subiu 0,2%, acréscimo de 773,6 mil toneladas.
Mantendo essa tendência, a Bahia deve seguir com a sétima maior safra de grãos do país em 2025, respondendo por 3,8% do total nacional. Mato Grosso lidera (32,4%), seguido por Paraná (13,5%) e Goiás (11,3%).
Considerando todos os produtos investigados sistematicamente pelo IBGE na Bahia (e não apenas os grãos), a previsão de agosto mostra alta em 17 das 26 safras analisadas para 2025.
O maior crescimento absoluto continua sendo o da soja (+1.074.090 t, ou +14,3%), seguido pelo milho 1ª safra (+380.910 t, ou +24,6%) e pela mandioca (+116.148 t, ou +14,7%).
Por outro lado, as maiores quedas absolutas devem vir do tomate (-171.301 t, ou -48,4%, também a maior redução percentual), da cana-de-açúcar (-53.725 t, ou -1,0%) e do feijão 1ª safra (-50.700 t, ou -37,0%).