Igreja Católica afasta padre por suspeita de desvios de doações de fiéis
Supostos desvios somam mais de R$ 120 milhões, segundo MP

Foto: Reprodução
A Arquidiocese de Goiânia afastou temporariamente o padre Robson de Oliveira das suas obrigações como sacerdorte, inclusive de celebrar missas. O padre é investigado pelo Ministério Público de Goiás por supostos desvios de doações de fiéis em valores que ultrapassam R$ 120 milhões. Por isso, a arquidiocese definiu que ele está proibido de qualquer ato de ministério sacerdotal, como a absolvição de pecados e pregação, assim como “participar, realizar e protagonizar programas de televisão, rádio ou internet”.
A nota foi assinada pelo Arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, e pelo chanceler Dom Levi Bonatto e tem como justificativa “a necessidade de prevenir escândalos, garantir o curso da justiça e tutelar a fé, bem como investigar as acusações realizadas contra o padre Robson de Oliveira”.
Investigado pela Operação Vendilhões, deflagrada na última sexta-feira (21), padre Robson é acusado por suposta apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal.
De acordo com a decisão da juíza Placidina Pires, da Vara de Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, “além da suposta utilização das doações dos fiéis para a aquisição de imóveis de elevado valor econômico, infere-se que investigados estariam envolvidos em um articulado esquema criminoso voltado ao desvio de verbas das Afipe e à consequente lavagem, dissimulação e ocultação dos recursos, por meio de “laranjas” e empresas de ‘fachada’ - com vistas a dificultar o rastreamento do dinheiro e posterior ressarcimento dos danos suportados pela entidade religiosa”.