Importações brasileiras aumentam 11,4% em 2023, aponta CNC

Nos primeiros sete meses deste ano, o Brasil importou um total de 3,3 bilhões de itens com um preço médio de US$ 50, registrando um aumento de 11,4% em relação a 2022, de acordo com um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A análise aponta que a China se destaca como a principal origem das importações, sendo responsável por quase 40% do total.

As vendas chinesas para o Brasil nessa faixa de preço alcançaram 1,3 bilhão de produtos, representando um incremento de 38% em relação ao volume importado no mesmo período do ano anterior. O estudo da CNC se baseou em microdados da Secretaria do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), abrangendo 10 mil tipos de bens de 145 países.

Dentre os produtos importados que experimentaram os maiores aumentos nas quantidades adquiridas, as lapiseiras lideraram com um crescimento de 220%. As importações de brinquedos aumentaram em 195%, enquanto as de guarda-chuvas cresceram 172%.

A CNC destacou que a discrepância na carga tributária sobre o consumo entre o Brasil e o exterior foi o principal fator impulsionador do notável avanço das importações de bens de consumo no país. Além disso, a valorização da moeda local nos primeiros meses de 2023 também contribuiu para o aumento das importações.

A pesquisa da CNC mostrou que quase metade da carga tributária de 33% concentra-se no consumo de bens e serviços, superando a média dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 10,8% do PIB.