Importância da preservação das áreas úmidas
Confira o editorial desta quarta-feira (9)
Foto: José Augusto de Ferraz L
A preservação das áreas úmidas brasileiras é fundamental para a manutenção da biodiversidade do país e tem um papel importante no sequestro e armazenamento de carbono. É, aliás, quase como um mantra para especialistas da área.
É essencial para a manutenção da biodiversidade e isso remete à Convenção de Ramsar sobre Áreas Úmidas, assinado na época de sua criação por 18 nações, na cidade iraniana de Ramsar.
Entrou em vigor em dezembro de 1975 como o primeiro dos modernos tratados intergovernamentais globais sobre a conservação e o uso sustentável de recursos naturais. A medida foi promulgada no Brasil em maio de 1996. Atualmente 176 países fazem parte da Convenção.
A criação do Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU) foi mais um avanço fundamental, por ser um colegiado responsável por discutir a internalização da Convenção no Brasil, promovendo discussões acerca da conservação e uso sustentável das áreas úmidas.
Segundo especialistas, como Maria Teresa Fernandez Piedade, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que recentemente debateu sobre o tema em um evento do Ministério do Meio Ambiente, 30% da bacia amazônica se enquadra em critérios internacionais de zonas úmidas.
Outro bioma importante de área úmida no Brasil é o Pantanal, com cerca de 150 mil km² de terra alagada. Estes ambientes purificam a água, recarregam as águas subterrâneas, retêm sedimentos, regulam o microclima e abrigam uma mega biodiversidade.
O Brasil é um país com mega diversidade de áreas úmidas. Por isso é fundamental que se reconheça a importância ecológica e o valor social, cultural, científico e recreativo dessas áreas.