Inadimplência cai 3,5% em julho deste ano, diz BC

Resultado é considerado o menor já registrado desde 2011

Por Da Redação
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Inadimplência cai 3,5% em julho deste ano, diz BC

Foto: Divulgação/Iprevi

O Banco Central (BC) informou na sexta-feira (28), que a inadimplência recuou em julho para 3,5%, a mínima desde o começo da série histórica da instituição financeira, iniciada em 2011. Em julho de 2019, o calote foi de 4%. De acordo com o  chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, a postergação de parcelas de empréstimos e o Auxílio Emergencial, criado pelo governo federal,  contribuíram para o movimento. As informações são do Correio Braziliense. 

Apesar dos resultados, Rocha não descarta que o adiamento no pagamento de dívidas podem refletir em um aumento da inadimplência no futuro. “Estamos em agosto, olhando o que vai ocorrer no último trimestre ou em 2021. Cada postergação de parcela depende do perfil da dívida. Pode ser que, em uma dívida mais curta, as parcelas voltem agora no fim do ano. Numa mais longa, pode ir para o final da dívida. Claro que vai correr juros no saldo que deveria ser amortizado agora e não foi”, disse.

A inadimplência pode crescer no futuro porque, segundo Rocha, nem sempre o devedor terá que pagar duas prestações no mesmo mês.“Os juros podem ser diluídos ao longo da dívida. Isso faz com que o serviço da dívida, por exemplo, de um devedor que paga uma parcela com o mesmo valor todos os meses e deixou de pagar três meses, quando voltar, o prazo pode ser maior e os juros divididos em cada parcela”, explicou.

Ainda de acordo com o chefe de Estatísticas do BC, o devedor pode ter dificuldades e ficar inadimplente lá na frente. “Porém, se a trajetória da negociação for bem feita, e o retorno do pagamento seja com economia já normalizada, esse efeito pode ser minimizado”, afirmou. 

No caso do Auxílio Emergencial, Rocha disse que ele funciona  para repor a renda dos mais afetados pelas novas condições econômicas da pandemia. “O nível de reposição de renda foi muito elevado, isso pode fazer com que a pessoa que, sem o auxílio, ficaria inadimplente, passe a não estar inadimplente. Isso parece uma hipótese consistente nos dados agregados”, concluiu.

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