Incêndios no Pantanal cresceram mais de 210% entre janeiro e setembro deste ano
Mata Atlântica e o Pampa também registraram alta nas queimadas
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Em 2020, os incêndios florestais no Brasil cresceram em quase todos os biomas, de acordo com o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe). Entre 1º de janeiro e 12 de setembro, o órgão contabilizou 125.031 queimadas no país.
Ao ser comparado com 2019, a quantidade de focos de incêndio nas florestas brasileiras no mesmo período deu um salto de 210%, com uma diferença de 14.489 o número de queimadas no bioma.
Com pouco mais de três meses para o fim de 2020, este já é o maior índice de queimadas para o bioma em um único ano. De acordo com o Programa Queimadas, que reúne dados desde 1998, o recorde de incêndios no Pantanal havia sido registrado em 2005, quando foram contabilizadas 12.536 ocorrências em todo aquele ano.
A elevada quantidade de queimadas já fez o bioma perder cerca de 15% do território. Conforme o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) ao menos 2,2 milhões de hectares do Pantanal já foram deteriorados por conta do fogo.
A Mata Atlântica é outro bioma que registrou aumento de focos de incêndio em 2020. Segundo o Inpe, a floresta teve 11.439 incêndios até o último dia 12, uma alta de 5% comparada às 10.873 queimadas registradas até a segunda semana de setembro do ano passado.
Outra região em que os incêndios estão em alta é a do Pampa, no qual o bioma já apresenta uma evolução de 38% em relação ao que foi contabilizado até 12 de setembro de 2019 (as queimadas subiram de 1.055 para 1.459). Os focos de calor na floresta contabilizados neste ano já superam a estatística de todo o ano de 2019, quando aconteceram 1.420 incêndios no Pampa.