Independência do Brasil é comemorada com desfiles e protestos em Salvador
População estava dividida entre patriotismo e protestos
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Foto: Osvaldo Marques
População dividida entre desfiles e protestos. Assim foi marcado o Sete de Setembro, em Salvador, O desfile aconteceu na praça do Campo Grande, alusiva aos 197 anos na independência do Brasil.
O prefeito ACM Neto apenas compareceu no palanque composto pelas autoridades e governantes da Bahia e logo saiu à francesa. “Jamais vou marchar de preto. O dia da Independência, o dia da festa brasileira, é o dia do verde e amarelo. Acho que o Brasil é um país que sua imagem e o seu respeito estão acima de qualquer tipo de declaração desse ou daquele governo”, falou o prefeito, que também comentou sobre alguns protestos presentes no largo do Campo Grande e ressaltou a importância da Amazônia para o país. “O território da Amazônia é do Brasil, e isso não vai ser ameaçado em nenhuma hipótese”, concluiu.
A aposentada Gildete Brasil, 68 anos, disse que sempre acompanha os desfiles da Independência do Brasil. “A espera de uma grande independência que por enquanto estamos esperando, mas não chegou total, mas estamos confiantes no nosso Brasil. Eu amo meu Brasil. O melhor país do mundo. A educação está deixando a desejar. Hoje em dia os alunos não estão respeitando o professor, acho que o modelo do ensino militarista vai ajudar bastante”.
O coronel Fábio destacou a Independência do Brasil como uma oportunidade de unir a população, militares, civis e brasileiros na comemoração da data máxima do país. “O 7 de Setembro é atemporal. É uma data que aproveitamos uma oportunidade pra que nós possamos exaltar a nossa Nação, nossa Pátria, nosso país pela data máxima que é a nossa Independência”.
Werbert Oliveira, 34 anos, professor, fala que “se trata de um momento de resistência contra uma situação regressiva, em que esse país se encontra diante de um golpe que foi orquestrado de uma direita e que fez com que o Brasil hoje vivesse uma série de ataques aos seus direitos sociais”.
Tiago Ramos, 18 anos, é jovem aprendiz e faz parte da União Estadual dos Estudantes da Bahia, e em meio aos desfiles aproveitou para protestar os direitos dos estudantes, sobretudo na reivindicação contra a implantação da nova carteira de estudante digital que será implantada pelo presidente Jair Bolsonaro.
“A meia entrada foi garantida com muita luta pelos estudantes para garantir o acesso à cultura, ao lazer e muito mais. O que tem que acontecer é a revisão se realmente só os movimentos estudantis estão fazendo a carteira de meia entrada. Tem muita empresa aproveitando disso e cobrando valores absurdos, como as próprias entidades nacionais. É um absurdo pagar R$ 40,00 para fazer a carteira de estudante", desabafa o líder estudantil.