Índia implementa lei que impede cidadania para mulçumanos

O Ministério do Interior indiano divulgou na última segunda-feira (11), as regras da Lei da Cidadania (CAA), semanas antes das eleições gerais da Índia, quando o primeiro-ministro Narendra Modi tentará conquistar o terceiro mandato no poder. A lei tem recebido muitas críticas por ser considerada antimuçulmana, já que exclui a cidadania de mulçumanos.

A Lei da Cidadania proporciona acesso rápido à cidadania para imigrantes do Afeganistão, Bangladesh e Paquistão, desde que não sejam muçulmanos. A nacionalidade indiana pode ser concedida a hindus, parses, sikhs, budistas, jainistas e cristãos que fugiram para a Índia devido à perseguição religiosa nos países listados acima, de maioria muçulmana, antes de 31 de dezembro de 2014.

Os críticos do projeto de lei afirmam que esse é outro exemplo de como Modi, nacionalista hindu, e o partido nacionalista hindu Bharatiya Janata Party (BJP) empurraram uma agenda de nacionalismo hindu para a Índia secular, um país de 1,3 bilhão de pessoas, à custa da população muçulmana.

Amit Shah, ministro do Interior indiano, parabenizou Modi na noite desta segunda-feira, dizendo que ele “cumpriu outro compromisso e a promessa dos criadores de nossa Constituição aos hindus, sikhs, budistas, jainistas, parses e cristãos que vivem nesses países” em um post em X.