Indiciado pela PF, Braga Netto nega tentativa de golpe e diz ser leal a Bolsonaro
Ministro da Defesa do governo Bolsonaro afirmou, em nota, que não havia plano de assassinar ninguém
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O general Braga Netto se manifestou publicamente pela primeira vez, neste sábado (23), sobre o indiciamento dele e de outras 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado.
Ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL), Braga Netto negou que tenha cometido o crime. "Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de 'golpe dentro do golpe'. Haja criatividade…", escreveu em uma rede social.
O termo “golpe dentro do golpe” foi divulgado e replicado por alguns veículos para explicar uma suposta tese dentro da PF de que havia um plano de “pós-golpe”. No caso, tirar o próprio Bolsonaro do comando em caso de eventual tomada do poder.
Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém.
— Braga Netto (@BragaNetto_gen) November 23, 2024
Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de “golpe dentro do golpe”.
Haja criatividade… pic.twitter.com/PdZalNu5ew
O inquérito da Polícia Federal descreve uma organização criminosa que atuou de forma coordenada na tentativa de golpe para manter Bolsonaro após derrota na eleição de 2022. Ao todo, 37 pessoas são apontadas como suspeitas pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
A investigação começou no ano passado e foi concluída dois dias após a Polícia Federal (PF) prender 4 militares e um policial federal acusados de tentar matar Lula, Alckmin e Moraes.
Caberá à Procuradoria-geral da República (PGR) denunciar ou não os indiciados ao Supremo. Caso a Corte aceite a denúncia, eles se tornam réus e serão julgados.
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