Economia

Indústria vai para 7ª queda em 10 anos, aponta Banco Central

O cenário preocupa porque é o setor que mais gera empregos com carteira assinada

Por Da Redação
Ás

Indústria vai para 7ª queda em 10 anos, aponta Banco Central

Foto: Reprodução/Agência Brasil

O mercado financeiro prevê uma expansão de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, de acordo com dados do boletim Focus, do Banco Central. No entanto, a indústria deve ter uma contribuição importante para puxar esse número para baixo.

Enquanto os setores de serviços e agropecuária devem apresentar efeito neutro ou de expansão sobre a atividade, a indústria - que tem um peso de 20% no PIB - sofrerá com a elevação do juros, recuando e afetando negativamente a economia. Se a queda for confirmada, o setor terá sete recuos em dez anos.

Nas projeções do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), o PIB do País deve elevar 0,6% em 2022, com o PIB da agropecuária crescendo 3,5% e o de serviços, 1,3%. Já o da indústria deve ter queda de 1,1%, com a indústria de transformação registrando a pior performance: recuo de 3,2%.

Já para o Itaú Unibanco, o PIB deve registrar queda de 0,5%. Porém, o agronegócio e serviços podem crescer 1,3% e 0,5%, respectivamente, enquanto a indústria recuará 3%. O banco não tem estimativa apenas para o segmento de transformação.

O cenário preocupa sobretudo porque a indústria é o setor que mais gera empregos formais. Segundo os cálculos do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), com base em dados do IBGE, na média de 2019 a 2021, 63,9% da força de trabalho da indústria tinha carteira assinada. Nos serviços, a proporção foi de 40% e na agricultura, de 16,6%.

Já no caso da indústria da transformação, o efeito multiplicador na economia também é alto. Cada R$ 1 gerado pelo segmento leva ao acréscimo de R$ 2,14 no PIB. No setor de serviços, o efeito é de R$ 1,46; na agropecuária, de R$ 1,67, aponta o Iedi.

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