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Saúde

Infectologista diz que imunização precisa ir além da vacinação contra Covid-19

Claudilson Bastos alerta sobre a importância de manter outras vacinas em dia

Por Ane Catarine Lima
Ás

Infectologista diz que imunização precisa ir além da vacinação contra Covid-19

Foto: Getty Images

A campanha de imunização contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, tem avançado no Brasil. Mas, a responsabilidade de conscientização da população sobre a importância da vacina não deve ficar apenas com o poder público. Nas redes sociais, por exemplo, a campanha “Vacinas Salvam Vidas” viralizou. Apesar de ser um movimento que ganhou força na pandemia, a frase também serve como um alerta para as demais doenças que necessitam de imunizações.

O Ministério da Saúde define, anualmente, o calendário vacinal que prevê uma rotina com todas as vacinas necessárias para crianças, adultos e idosos, e doenças como sarampo, febre amarela e influenza, dentre outras, estão presentes nessas recomendações. O infectologista e consultor médico do Sabin Imunização, Claudilson Bastos, disse ao Farol da Bahia que as vacinas têm importância significativa no combate à disseminação de várias doenças infecciosas ou infecto-contagiosas e, assim, “ajudam a diminuir os riscos de epidemias, pandemias e suas morbi-mortalidades”.

“A vacina é um avanço científico que, há muitos anos, vem salvando muitas vidas e aumentando consideravelmente a longevidade da população. Vacinar, não só salva vidas, como permite aos indivíduos a viverem melhor e mais saudáveis”, completou o infectologista. 

Com o isolamento social adotado como principal forma de prevenção e combate à pandemia, algumas atividades essenciais como fazer exercícios físicos e manter uma rotina de consultas médicas foram deixadas de lado. De acordo com o especialista, essa realidade também é refletida na rotina de imunização.  “A imunização é um componente chave do serviço essencial de saúde. Quando a população está protegida e há imunização coletiva, podemos evitar um desgaste do setor de saúde, principalmente durante um período que sobrecarrega o serviço de saúde, como uma pandemia” alertou Bastos.

Ele explica ainda que as vacinas são substâncias biológicas, procedentes de  microorganismos causadores das infecções (bactérias ou vírus), modificadas laboratorialmente, sem condições de provocar doenças. Segundo ele, existem diversos imunizantes no mundo e cada um deles age com tecnologias diferentes contra o vírus a depender do fabricante. “A vacina é uma das coisas mais importantes de todos os tempos, ela continua sendo revolucionária mudando o rumo da nossa história. Vale lembrar da varíola e poliomielite, por exemplo, que não temos há muitos anos no nosso país devido às vacinas”, afirmou.

Segundo o médico, a vacina estimula o corpo a produzir anticorpos para se defender contra os microrganismos e crianças menores de cinco anos, gestantes, idosos e outros grupos de risco devem ter sempre como meta a atualização do cartão de vacinas. “Também, por exemplo, o mundo está vendo que na situação atual da pandemia a maioria dos casos está ocorrendo em pessoas vacinadas, o que muito nos preocupa”, alertou.

A médio e longo prazo, as consequências para a população podem ser preocupantes. De acordo com Claudilson Bastos, ter uma alta taxa de pessoas não vacinadas contra múltiplas doenças, pode ser ainda pior do que a pandemia. “A vacinação deve ser iniciada logo após o nascimento porque é uma das formas mais importantes de prevenção contra doenças causadas por vírus e bactérias. Algumas doenças, para as quais já existem vacinas, podem ser muito graves, com risco de óbito ou sequelas”, concluiu o infectologista.
 

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