Economia

Inflação do aluguel cresce em dezembro, mas bate recorde de queda em 2023

Segundo dados da FGV os preços tiveram variação negativa pelo 9º mês consecutivo

Por Da Redação
Ás

Inflação do aluguel cresce em dezembro, mas bate recorde de queda em 2023

Foto: Agência Brasil

A inflação do aluguel teve alta de 0,74% em dezembro. Apesar disso, no acumulado ao longo do ano de 2023, o indicador apresentou queda de 3,18%, a maior baixa anual da série histórica, iniciada em 1994. As informações são do IGP-M (Índice Nacional de Preços — Mercado), levantado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), divulgadas nesta quinta-feira (28).

Em comparação ao mesmo período do ano passado, a variação mensal havia sido de 0,45%. Em 2022, o indicador fechou o ano com alta de 5,45%. Antes disso, o índice teve retração no acumulado de um ano inteiro apenas em 2009 (-1,72%) e 2017 (-0,52%).

"O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), índice que exerce a maior influência sobre o IGP-M, também registrou a menor taxa de variação de sua série histórica para os doze meses findos em dezembro, -5,60%. Ainda no índice ao produtor, os itens que mais contribuíram para a queda da taxa do indicador em 2023 foram: soja (-21,92%), milho (-30,02%) e óleo diesel (-16,57%). O IPC (O Índice de Preços ao Consumidor) fechou 2023 com alta de 3,40%. No âmbito do consumidor, as maiores influências partiram dos itens: gasolina (11,08%), plano de saúde (10,36%) e aluguel residencial (7,15%)", explica André Braz, coordenador do estudo.

Apesar de o número ter sido positivo em dezembro, ele não foi capaz de impedir que 2023 apresentasse queda. No acumulado dos 12 meses anteriores, o IGP-M está no campo negativo desde abril.

O percentual acumulado do IGP-M é aquele que seria repassado às locações com aniversário de vencimento no próximo mês. Entretanto, a maioria dos contratos possui cláusulas que barram o reajuste negativo do indicador, o que deve ocasionar a manutenção do valor pago atualmente pelos inquilinos.

O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil.

Por isso, a variação é diferente daquela apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário