Inflação encerra ano de 2023 em 4,62% e volta a ficar dentro da meta

A inflação oficial do Brasil fechou 2023 a 4,62%, o menor nível anual registrado desde 2020. O índice ficou dentro do intervalo da meta da inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25%. A taxa, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi divulgada, nesta quinta-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O IPCA encerrou o ano abaixo dos 5,79% registrados em 2022. O índice foi pressionado, principalmente, pelo grupo de Transportes, que avançou 7,14%, mas o grupo de Alimentação e Bebida teve alta modesta de 1,03% e contribuiu para a taxa mais baixa.

Já a gasolina apresentou um aumento de 12,09% ano ano passado, tornando-se o subitem que teve o maior peso entre os 377 pesquisados pelo IBGE. A categoria teve impacto de 0,56%. A deflação da alimentação de domicílio, que recuou 0,52% em 2023, segurou a taxa anual.

“O grupo de produtos alimentícios ficou abaixo do resultado geral e ajudou a segurar o índice de 2023. Houve quatro quedas seguidas no meio de ano, o que contribuiu para esse resultado. A queda na alimentação no domicílio reflete as safras boas e a redução nos preços das principais commodities no mercado internacional, como a soja e o milho”, analisa o gerente do IPCA, André Almeida.

Meta e inflação

A taxa anualizada ultrapassou a barreira dos 4,75% em 4 dos 12 meses de 2023: janeiro (5,77%), fevereiro (5,60%), setembro (5,19%) e outubro (4,82%). A última vez que a inflação havia fechado dentro do intervalo permitido pela meta da inflação foi, também, em 2020. Em 2021 e 2022, o índice superou o teto da meta.

Para o futuro, o mercado financeiro aposta em inflação de 3,9% em 2024 e de 3,5% em 2025.