Inflação russa registra maior taxa desde janeiro de 2022 e chega a 17,83%
Índice foi impulsionado como reflexo do rublo volátil e das sanções ocidentais provocadas pela guerra
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De acordo com dados divulgados pelo Governo Russo, nesta sexta-feira (13), a inflação do país acelerou em abril para 17,83% em comparação anual, seu nível mais alto desde janeiro de 2002. O índice foi impulsionado como reflexo do rublo volátil e das sanções ocidentais sem precedentes provocadas pela guerra, que têm interrompido cadeias produtivas.
O serviço federal de estatísticas Rosstat afirmou que, na comparação mensal, a inflação desacelerou para 1,56% em abril, ante 7,61% em março, quando registrou o maior aumento mensal desde janeiro de 1999.
Os números de inflação aumentaram no país após a invasão de tropas russas no território ucraniano, que ocorreu no dia 24 de fevereiro. A queda do rublo para mínimas recordes em março impulsionou a demanda por uma ampla gama de bens, desde alimentos básicos até carros, com a expectativa de que os preços subiriam ainda mais.
O rublo se recuperou desde então e se firmou em uma alta de quase cinco anos em relação ao euro na sexta-feira (13). O banco central informou que tem como meta a inflação em 4%, mas espera que ela atinja 18-23% este ano.
No entanto, a entidade afirmou que já cortou sua taxa básica para 14% após um aumento emergencial da taxa para 20% no final de fevereiro e disse que vê espaço para mais flexibilização monetária para ajudar a economia.