Informalidade atinge 38 milhões de trabalhadores, aponta PNAD Contínua

A informalidade no mercado de trabalho caiu de 41,1% no trimestre móvel encerrado em novembro de 2019 para 40,6% no trimestre encerrado em fevereiro de 2020, totalizando 38 milhões de trabalhadores informais. No trimestre encerrado em fevereiro do ano passado, a taxa estava em 40,7%. O recorde da taxa foi alcançado em agosto de 2019, com 41,4% da população ocupada nesta situação.Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). A taxa de desocupação ficou em 11,6%, com 12,3 milhões de desempregados no Brasil. 

De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, a queda está concentrada na redução do número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ (-2,1%) e nos empregados sem carteira que atuam no setor privado (-1,4%), refletindo a influência do mês de dezembro, quando houve um aumento nas contratações com carteira de trabalho. 

“A gente ainda vive sob a influência do mês de dezembro, em que tivemos um desempenho muito bom das contratações com carteira trabalho. Muitas pessoas foram contratadas via carteira de trabalho no comércio, o que deu um pouco mais de consistência aos dados de formalidade. Isso pode estar contribuindo para a queda na quantidade de informais”. Disse Beringuy.