Inquérito que investiga suposta lavagem de dinheiro de Flávio Bolsonaro passa a ser responsabilidade do MPF
Ministério Público do Rio decidiu não dar prosseguimento às apurações
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O inquérito que investiga se o senador Flávio Bolsonaro cometeu crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral deixará de ser do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), para ser responsabilidade do Ministério Público Federal (MPF) no estado.
A decisão foi do juiz Flávio Itabaiana, titular da 204ª Zona Eleitoral, e o trâmite ocorreu no último dia 3, quando o MP-RJ mudou a posição sobre dar prosseguimento às apurações.
O juiz Itabaiana também proferiu as decisões durante as investigações do MP-RJ no caso da rachadinha, e autorizou, por exemplo, a quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio e outras 103 pessoas e empresas no ano passado. Ele também deferiu medidas que permitiram busca e apreensão em endereços ligados a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, e a familiares de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro
Flávio é investigado sobre as disparidades nas suas declarações de bens à Justiça Eleitoral desde 2018. A notícia-crime foi feita pelo advogado Eliezer Gomes da Silva, que apontou o fato de Flávio ter declarado em 2014 e 2016 ser proprietário de um apartamento no bairro de Laranjeiras. Mas, ao registrar, atribuiu valores diferentes para o mesmo apartamento a cada ano.
Ao disputar a reeleição na Alerj, em 2014, Flávio declarou o imóvel com valor de R$ 565 mil, mas quando disputou a prefeitura carioca em 2016 ele declarou R$ 423 mil.
