Inquéritos de Alexandre de Moraes são “ilegais, imorais”, diz Bolsonaro
A declaração foi feita nesta terça-feira (2), em entrevista à rádio Guaíba
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (2), que os inquéritos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, são “ilegais, imorais”. O magistrado, que relata o inquérito das fake news, deve presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2022.
“É uma perseguição implacável por parte dele”, disse o Chefe de Estado em entrevista à rádio Guaíba.
“A gente sabe o lado dele, tá certo? E eu falo: estamos jogando dentro das quatro linhas [da Constituição]. Falei agora, na minha convenção lá no Rio de Janeiro, vamos pela última vez às ruas para mostrar àqueles surdos, poucos surdos, que o povo tem que ser o nosso norte. Essa população aí tem que ser respeitada”, pontuou.
Bolsonaro ainda destacou que Moraes procura incriminá-lo de qualquer maneira. Além disso, apontou na declaração a quebra de sigilo de mensagens de um ajudante de ordens presidencial.
“Quebraram o sigilo do meu ajudante de ordens. Isso não vou adjetivar aqui, que é um crime o que essa pessoa cometeu. O objetivo não é ajudante de ordens, é ver as mensagens que eu troco com ele, algumas confidenciais. (…) Me informo, me abasteço de informações”, continuou. “Ele está fazendo tudo de errado, tudo de errado e, no meu entender, não vai ter sucesso no seu intento final.”
O presidente também relatou que enxerga algumas ações como uma conspiração para levá-lo à prisão, no cenário de derrota em sua tentativa de reeleição. Caso a polícia batesse à sua porta para realizar uma ordem de prisão, Bolsonaro disse: “Eu atiro para matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”, disse.