Insegurança alimentar cresce
Confira o editorial desta quinta-feira (15)
Foto: Divulgação
A crise humanitária provocada pela pandemia da Covid-19 tem colocado milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade social, inclusive, com sérios problemas relacionados à insegurança alimentar e déficit nutricional.
Dados divulgados na última segunda (12) em relatório da Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), indicam que 23,5% da população brasileira tenha vivenciado insegurança alimentar moderada ou severa entre 2018 e 2020, um crescimento de 5,2% em comparação com o último período analisado, entre 2014 e 2016.
Segundo o levantamento, 49,6 milhões de pessoas, inclusive crianças, deixaram de comer por falta de dinheiro ou tiveram uma redução significativa na qualidade e na quantidade de alimentos ingeridos.
No caso das crianças, a situação é ainda mais drástica dado o risco de menor crescimento físico e comprometimento do desenvolvimento cognitivo.
Desde o estudo anterior da FAO, 12,1 milhões de brasileiros foram acrescentados às estatísticas da carestia. Os dados foram apresentados no relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo".
Vive-se, sem dúvida, uma crise social sem precedentes, que suplica por soluções que garantem a qualidade de vida da população mais vulnerável, de todo o país, e com senso de urgência, seja do Poder Público quanto da sociedade civil. Mobilizar-se, constantemente, até o fim da pandemia, é a palavra de ordem.