Insegurança alimentar pode aumentar em 18 focos no mundo, aponta ONU
Relatório aponta possibilidade de “tempestade de fome”
Foto: OMS
Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação, FAO, e o Programa Mundial de Alimentos, PMA, divulgado nesta quarta-feira (5), aponta que no mundo há 18 focos de crise de insegurança alimentar extrema que podem enfrentar “tempestade de fome”.
O documento ressalta que é possível reverter o problema com ajuda urgente. Porém, há o receio que a fome persista em áreas de conflito como a Faixa de Gaza e o Sudão, o que pode aumentar o risco de novas emergências em nível regional.
O relatório cobre 17 países e o grupo que enfrenta seca como Maláui, Moçambique, Zâmbia e Zimbábue. Já em situações como Mali, Territórios Palestinos, Sudão e Sudão do Sul, o nível de alerta é o mais alto e exige “atenção mais urgente”. A publicação passou a incluir o Haiti também em meio à escalada da violência e das ameaças à segurança alimentar.
Fome
De acordo com a diretora executiva do PMA, Cindy McCain, no Sudão do Sul, a crise é considerada grave. “O número de pessoas enfrentando fome e morte poderá quase dobrar entre abril e julho de 2024, em comparação com o mesmo período em 2023”, afirmou.
A análise ressalta ainda que o mais novo país do mundo enfrenta uma falta de alimentos e a forte depreciação da moeda que fazem disparar os preços. A situação piora com a previsão de inundações e as ondas recorrentes de conflitos internos. O caso pode agravar com o possível aumento de sul-sudaneses retornados e refugiados.
Outros pontos críticos identificados são Chade, República Democrática do Congo, Mianmar, Síria e Iêmen, que levantam “grande preocupação” das agências das Nações Unidas.