Instituo que foi presidido por Silvio Almeida faz postagens defendendo o ministro e fala em trama
Almeida é acusado de assédio sexual; ministra Anielle Franco é uma das supostas vítimas
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Após as denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, o Instituto Luiz Gama, associação que atua na defesa das minorias e dos direitos humanos, tem disseminado materiais de defesa do ministro. O instituto já foi presidido por ele.
Segundo informações da ONG Me Too Brasil, mulheres denunciaram ter sido vítimas de assédio sexual e moral por parte do ministro. Ele nega as condutas e repudia o que chama de "ilações absurdas". Entre as vítimas, estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Nas postagens, o instituto, que é formado por juristas, acadêmicos e militantes, em especial do movimento negro, sustenta que há uma “trama” armada e uma “luta pelo poder”.
“Não sejam ingênuos. Não haverá apuração. O silêncio não se apura. A trama é pra cortar a cabeça de um negro. No dia seguinte tudo vai desaparecer. Não é luta pela verdade. É luta pelo poder”, diz a publicação.
“Repudiamos os ataques baseados em mentiras, ressentimento e racismo contra Silvio Almeida e sua equipe ministerial”, fala outra postagem.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai se reunir com o ministro na noite desta sexta (6), disse que se alguém praticar assédio, não vai ficar no governo.