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Instituto de Estudos para Políticas de Saúde lança documento com propostas para melhorias do SUS

Ofício com seis sugestões é voltado aos presidenciáveis

Por Da Redação
Ás

Instituto de Estudos para Políticas de Saúde lança documento com propostas para melhorias do SUS

Foto: Tania Rego/Agencia Brasil

O Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), em parceria com a associação civil Umane, lançou nesta segunda-feira (04) um ofício contendo seis propostas concretas para melhorias na eficiência e qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS).

Nomeada de "Agenda Mais SUS", as sugestões consideram os avanços últimos trinta anos e é endereçada aos candidatos à Presidência da República. No texto, a instituição aponta que mesmo com melhorias na expectativa de vida e mortalidade infantil, ainda é necessário percorrer um longo caminho. 

Entre as propostas estão:

Ampliar recursos e orientar o financiamento para induzir a universalização do SUS;
Fortalecer a Atenção Primária;
Inovar em mecanismos de governança regional;
Garantir a disponibilidade e efetividade de Recursos Humanos;
Valorizar e promover a saúde mental;
Fortalecer o sistema para o enfrentamento de emergências de saúde pública.

O diretor de Políticas Públicas do IEPS, Arthur Aguillar, aponta que o país está na contramão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo ele, os países membros da OCDE investem em média 7,63% do Produto Interno Bruto (PIB) em saúde pública.

"Essa cifra é de apenas 3,95% no Brasil. Então, propomos um aumento contínuo do gasto em saúde, chegando até 5% do PIB em 2026 e 6% em 2030, número recomendado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em documento do qual o Brasil é signatário", explicou.

Para financiar, o ofício defende que seja reduzida ou zerada a renúncia fiscal em saúde, além de realocar recursos de outras áreas do orçamento público ou aumentar a taxação de produtos considerados prejudiciais à saúde.

"Aumentar o aporte financeiro é um esforço necessário, mas não suficiente", disse. "O sistema ainda precisa aprender a lidar com os principais desafios de saúde da população: 98% dos municípios brasileiros não bateram a meta de aferição de pressão arterial dos hipertensos, mais da metade dos tratamentos de câncer feitos no SUS são iniciados nos estágios três e quatro, quando as chances de cura são substancialmente menores", explicou.

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