Insumos da China para CoronaVac devem chegar no Brasil em 3 de fevereiro, diz Butantan
Matéria-prima deverá ser utilizada para a fabricação de cerca de 8,6 milhões de doses
Foto: Agência Brasil
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta terça-feira (26), que os 5.400 litros de insumos importados da China para a produção no Brasil da CoronaVac, imunizante contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, desenvolvido em parceria com o laboratório chinês Sinovac, devem chegar no dia 3 de fevereiro. De acordo com o instituto, a matéria-prima deverá ser utilizada para a fabricação de cerca de 8,6 milhões de doses.
“Tivemos sinalização de que liberação do lote será feita de forma rápida, começando por esses 5.400 litros que foram anunciados ontem e chegarão com previsão na próxima semana, dia 3 de fevereiro. Na sequência outro volume de 5.600 litros que também foi mencionado pelo embaixador e está em processo adiantado de liberação."
As primeiras doses produzidas com esse material devem ficar prontas em cerca de 20 dias, o que levaria à distribuição no fim de fevereiro. Nesta terça (26), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se reuniu com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming.
A produção de vacinas contra a Covid-19 no Butantan está parada desde 17 de janeiro, por causa da falta de insumos. O instituto ainda não confirmou a data exata da retomada da atividade. Há risco de faltarem doses para o Plano Nacional de Imunização (PNI). "Chegando a matéria-prima de 5.400 litros no próximo dia 3, iniciaremos a produção. [As doses] serão liberadas 20 dias depois, cumprindo assim o ciclo de qualidade", disse.
10 milhões de doses
Após fornecer 6 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde para dar início à vacinação, o instituto começou, na última sexta-feira (22), a distribuição de mais 4,1 milhões de doses que receberam o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a aplicação.