Integrante da Mancha Alviverde é preso suspeito de participar de emboscada contra cruzeirenses
Polícia procura outros sete torcedores do Palmeiras investigados no caso que deixou um cruzeirense morto e 17 feridos
Foto: Reprodução/TV Globo
A Polícia Civil prendeu na sexta-feira (1º) Alekssander Ricardo Tancredi, torcedor do Palmeiras e integrante da torcida organizada Mancha Alviverde, suspeito de participar de ataque a um ônibus de torcedores do Cruzeiro, em São Paulo, no domingo (27).
A emboscada deixou um torcedor do Cruzeiro, de 30 anos de idade, morto e outros 17 feridos. Alekssander é apontado pelos investigadores como um dos executores da emboscada e não estava na lista dos seis torcedores procurados divulgada pela polícia. Com isso, sobe para oito o número de suspeitos identificados.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ele foi preso na Freguesia do Ó, na Zona Norte, e foi encaminhado à 6ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), onde será ouvido e permanecerá detido à disposição da Justiça.
Reprodução/Arquivo pessoal
Ainda na sexta, a Polícia Civil e o Ministério Público realizaram uma operação conjunta para tentar prender os outros seis palmeirenses da Mancha Alviverde procurados pela emboscada, mas ninguém foi encontrado.
Os procurados são: Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da Mancha; Felipe Mattos dos Santos, o "Fezinho", vice-presidente da torcida, e Leandro Gomes dos Santos, o "Leandrinho", diretor da organizada; Henrique Moreira Lelis, o “Ditão Mancha”; Aurélio Andrade de Lima; e Neilo Ferreira e Silva, o "Lagartixa", professor de boxe e muai thai.
Balbino Santos, pai de Jorge Santos, presidente da Mancha, esteve na sexta na Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), na capital paulista, responsável pela investigação. Aos jornalistas ele lamentou a morte do cruzeirense José Victor, mas negou que o filho esteja envolvido no crime.
Nas páginas oficiais na internet, a direção da Mancha Alviverde negou que tenha organizado, participado ou incentivado qualquer ação relacionada a emboscada contra os cruzeirenses. E que não se responsabiliza por ações isoladas de palmeirenses envolvidos no ataque.
O inquérito da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo apuram os crimes de homicídio, incêndio, associação criminosa, lesão corporal e tumulto com violência. A Promotoria apura o envolvimento de torcidas que agem como "facções criminosas".
Segundo as autoridades, os palmeirenses atacaram os cruzeirenses para se vingar de um ataque que haviam sofrido deles em 2022 em Minas Gerais. Naquela ocasião, o presidente da Mancha foi agredido e filmado, tendo a identidade mostrada nas redes sociais como um troféu por membros da Máfia.
Na quarta-feira (30), a Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou comunicado interno informando que irá acatar a recomendação do MP para proibir a presença da Mancha Alviverde ou de torcedores com seus uniformes e bandeiras em estádios de futebol no estado de São Paulo.