Integrantes da CPI acreditam que Ricardo Barros mentiu e deveria voltar
"Provei que nada tenho com Covaxin", disse líder do governo na Câmara
Foto: Arquivo/Agência Brasil
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, falou nesta sexta-feira (13) sobre a possibilidade de ser convocado como testemunha na CPI da Covid no Senado Federal. Para ele, um novo depoimento não traria mudança de posicionamento, já que ele fez o juramento de que falaria a verdade na audiência de quinta (12), quando esteve na Comissão como convidado.
"Eu estive na CPI e fiz juramento de falar a verdade, por minha livre vontade, logo se for convocado estarei na mesma condição", registrou nas redes sociais.
O deputado federal Ricardo Barros foi citado dentro do que seria um esquema de irregularidades no contrato com a vacina indiana Covaxin, mas ele nega qualquer envolvimento. De toda forma, o contrato de compra desta vacina foi suspenso pelo Ministério da Saúde depois das denúncias.
Segundo alguns integrantes da CPI, Barros mentiu e por isso deveria voltar em outra condição - como testemunha, pode ser decretada voz de prisão caso o colegiado entenda que o depoente está mentindo.
Na quinta, Barros protagonizou vários confrontos com o senadores, mas o que foi definitivo e acabou encerrando a reunião foi quando o líder falou que a postura agressiva adotada na CPI teria afastado do Brasil empresas interessadas em vender vacinas contra o novo coronavírus.
O presidente da CPI, o senador Omar Aziz ponderou entender que isso não aconteceu e encerrou os trabalhos. "A CPI não atrapalhou a vinda das vacinas; pelo contrário, se hoje estamos vacinando, e se estamos vacinando com uma vacina que está chegando a um preço justo, é graças a esta CPI. A reunião está encerrada, e o Deputado será convocado numa próxima data para estar aqui", registrou Aziz.
Ainda não há uma data marcada para o novo depoimento de Ricardo Barros e depois da reunião, ele afirmou que o resultado das quebras de sigilo vão revelar que ele não teve qualquer conduta fora da Lei. Nas redes sociais, Ricardo Barros agradeceu o apoio e escreveu que o Brasil está acima de narrativas e de mentiras.
