Inteligência artificial ajuda desvendar manuscrito de 2 mil anos
Obra faz parte de papiros que foram carbonizados em 79 d.C
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Com a ajuda de uma ferramenta de Inteligência Artificial, um grupo de cientistas conseguiu identificar as primeiras palavras de um dos manuscritos de Herculano. Essa obra faz parte de uma coleção de papiros que foram carbonizados e enterrados após a erupção do Monte Vesúvio, na Itália, durante o ano 79 d.C.
De acordo com especialistas, essa descoberta pode expandir a biblioteca de textos antigos. Além disso, representa um marco histórico, uma vez que, ao longo de 2.000 anos, houve inúmeras tentativas de ler o conteúdo desse manuscrito, porém, devido à sua fragilidade, nenhuma delas teve sucesso.
Os pesquisadores responsáveis por essa descoberta são Luke Farritor, da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, e Youssef Nader, da Universidade de Berlim. Eles conseguiram reconhecer algumas das letras e palavras contidas no manuscrito após a proposta feita em março pelo professor da Universidade de Kentucky, Brent Seales, conhecida como o Desafio do Vesúvio.
O professor publicou milhares de imagens em 3D de dois pergaminhos enrolados, além de um programa que foi treinado para ler as marcas de tinta impregnadas no papiro. O primeiro prêmio, no valor de cerca de 40 mil dólares (R$ 200 mil), foi concedido a Farritor, enquanto Nader ficou em segundo lugar, com uma taxa de decifração menor, recebendo 10 mil dólares (R$ 50 mil).