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Bahia

Intermediários do Consórcio Nordeste ficaram com R$ 12 milhões dos respiradores

Blog publicou reportagem sobre paradeiro dos R$ 48,7 milhões na compra de respiradores

Por Da Redação
Ás

Intermediários do Consórcio Nordeste ficaram com R$ 12 milhões dos respiradores

Foto: Paula Fróes/GOVBA

O destino dos R$ 48,7 milhões que os estados do Nordeste anteciparam em negociação para compra de 300 respiradores à empresa Hempcare ganhou uma explicação. Uma reportagem publicada pelo Blog  do Dina na quinta-feira (11), aponta que R$ 12,4 milhões do total ficaram com intermediários do Consórcio Nordeste, o que seria  crime contra a administração pública.

Quando foi presa na Operação Ragnarok, a empresária Cristiana Prestes, da Hempcare Pharma Representações Ltda., foi acusada pelas autoridades da Bahia de crime de estelionato. Contudo, segundo o site, no depoimento que ela prestou à Polícia Civil baiana contestou essa versão ao apresentar informações de que as tratativas que ocorreram na compra de respiradores foram acompanhadas pelo governo do Estado da Bahia.

No depoimento, Cristiana afirmou ter feito pagamentos na ordem de R$ 12,4 milhões a três intermediários, dois deles pelos relacionamentos que fizeram a ponte entre ela e o Consórcio Nordeste e um terceiro para ajudar com contatos com a empresa chinesa da qual seriam comprados os respiradores. A empresária emitiu notas fiscais para comprovar os pagamentos.

Na ocasião, Cristiana também afirmou que quase R$ 10 milhões foram destinados a ela mesma e seu sócio pela tratativa com o Consórcio. Segundo o depoimento, Cristiana detém R$ 9 milhões no exterior decorrente do dinheiro recebido pelos Estados nordestinos. A transação foi declarada às autoridades monetárias do Brasil. A empresária explicou, em depoimento, que declarou tudo que fez exatamente para que não houvesse acusação de lavagem de dinheiro ou evasão de divisas.

Ainda no depoimento, ela revelou que o então secretário da Casa Civil do Governo da Bahia, Bruno Dauster, a orientou para que acrescentasse aditivos contratuais para aumentar o valor dos equipamentos, passando de US$ 23 mil, para US$ 27 mil e, por último, US$ 35 mil após relatar que a China estava querendo subir o preço dos equipamentos. Um respirador do porte que o Nordeste estava contratando custa entre US$ 7 mil e US$ 15 mil.

Cristiana ainda informou que equipamentos chineses poderiam ser trocados por brasileiros, sem que isso fosse formalizado em contrato. Com a repercussão do caso, Bruno Dauster deixou a Casa Civil. O Governo da Bahia, Consórcio Nordeste e Bruno Dauster ainda não se manifestaram após a publicação da reportagem. A empresária Cristiana Prestes também não foi localizada.

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