Intérprete de libras é autorizada pelo TSE a depor em ação contra Bolsonaro
O ex-presidente é acusado de abuso de poder político
Foto: Reprodução / Facebook
O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Benedito Gonçalves autorizou o depoimento de Elizângela Ramos de Souza Castelo Branco, intérprete de libras que acompanhava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas lives realizadas no Palácio do Alvorada. O depoimento marcado para 13 de setembro visa descobrir se servidora foi remunerada pelas transmissões. Jair é acusado de abuso de poder político, por utilizar recursos públicos para difundir conteúdo eleitoral durante lives.
Além disso, Benedito determinou à Casa Civil que preste informações, em até cinco dias, sobre a contratação de Elizângela e se houve pagamentos pelos serviços prestados em 21 de setembro de 2022, quando ocorreu live em que Bolsonaro teria feito propaganda eleitoral.
O ministro pediu a Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias do tribunal para informar se há registro de doação do PL ou de Bolsonaro a Elizângela na prestação de contas do partido em 2022.
Elizângela Castelo Branco era responsável por traduzir a fala de Bolsonaro para a língua brasileira de sinais. Como ela era servidora pública, o PDT alega que ex-presidente utilizou a máquina estatal a seu favor.
A defesa de Bolsonaro alega que a intérprete atuou de forma espontânea e voluntária, fora do horário de expediente.